domingo, 5 de janeiro de 2014

Bombeiros fazem levantamento dos estragos do tornado que destrui 50 casas e cinco empresas

O comandante dos Bombeiros de Lordelo, Paredes, disse que nos próximos dias vai prosseguir o levantamento das necessidades das cerca de 60 pessoas afetadas pelo tornado da madrugada de sábado.
"A partir de hoje, vou andar no terreno com duas equipas para falar com as famílias que estão desalojadas, para perceber se há necessidade de dar apoio para restabelecer a normalidade, nomeadamente na colocação de telhados e remoção de objetos", adiantou Pedro Alves.
Aquele elemento da proteção civil acrescentou que os bombeiros estão, juntamente com os serviços municipais e os presidentes de junta, "a fazer um levantamento exaustivo de todos os danos provocados pelo fenómeno".
"Vamos avaliar os danos mais relevantes para depois intervirmos nas situações mais complicadas", observou, dizendo esperar que o Governo apoie o concelho de Paredes neste momento tão difícil.
Falando à Lusa, este domingo de manhã, quando se preparava para iniciar um périplo pelas quatro freguesias afetadas pelo fenómeno meteorológico (Lordelo, Sobrosa, Vilela e Duas Igrejas), o comandante revelou que, nas últimas horas, os bombeiros têm sido abordados pelos populares para darem ajuda em inúmeras situações.
"As pessoas vêm ter connosco e pedem ajuda. Dentro das nossas capacidades, estamos a fazê-lo, porque queremos dizer que estamos aqui para apoiar no que for necessário", sublinhou, acrescentando, emocionado: "Temos de ser um braço amigo das famílias e dar-lhes um pouco de apoio moral, porque as pessoas estavam muito constrangidas com a situação. Foi dado apoio psicológico no local para as pessoas sentirem que estava lá alguém para as ajudar".
Durante a manhã, Pedro Alves e um dirigente da proteção civil distrital percorreram o rasto deixado pelo tornado que danificou uma centena de habitações, cinco empresas, mais de uma dezena de automóveis, a igreja e o cemitério da localidade de Duas Igrejas.
Ao longo de vários quilómetros, ainda hoje é possível observar sinais de destruição, incluindo grandes árvores e postes de eletricidade que tombaram com a força do vento. Também se constatavam restos de coberturas de casas e fábricas, suspensas em árvores com dezenas de metros de altura.
Pedro Alves recordou que, na madrugada de sábado e ao longo daquele dia, cerca de 30 bombeiros e outros elementos da proteção civil foram "dando prioridade às situações mais urgentes, incluindo a desobstrução das vias de acesso para ser possível prestar socorro às famílias".
"Havia estragos muito avultados e começámos a dar prioridade às situações mais urgentes, nomeadamente retirar os idosos das habitações, alguns dos quais não tinham percebido o que se passava", recordou.
As cerca de 60 pessoas desalojadas passaram a noite em casas de familiares ou em instituições de solidariedade social. Os serviços camarários estão a percorrer os proprietários de edifícios afetados, incluindo as empresas, recolhendo dados sobre os prejuízos.
Aqueles elementos serão incluídos no relatório que a Câmara de Paredes vai entregar ao Governo e assim sustentar o pedido de declaração de calamidade pública, anunciado no sábado à noite, em declarações à Lusa, pelo presidente da edilidade, Celso Ferreira." "

Sem comentários:

Enviar um comentário