terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Fim do programa da troika é “meta clara” para Portugal

O ministro dos Negócios Estrangeiros defendeu que o Governo está confiante na concretização da meta, mas assumiu que a recuperação económica não está garantida.

 O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, garantiu hoje que "a meta" de Portugal é o fim do programa de assistência em Maio, mas avisou que a recuperação económica não está ainda "definitivamente adquirida". "Para Portugal, a meta é clara: o fim do programa de assistência económica e financeira no próximo mês de maio", afirmou Rui Machete na abertura do Seminário Diplomático, na Assembleia da República. "A evolução positiva que temos vindo a verificar na generalidade dos indicadores económicos é um sinal muito encorajador que reforça a nossa confiança na concretização dessa meta. Não somos, no entanto, complacentes, e não poderemos dar a recuperação económica por definitivamente adquirida. Continuamos, por isso, a responder a este desafio com responsabilidade e determinação", acrescentou o ministro, citado pela Lusa. Rui Machete prometeu que Portugal continuará a defender a construção da União Bancária, com supervisão única do Banco Central Europeu, o mecanismo único de resolução bancária e o Fundo de Garantia dos Depósitos. "A fragmentação do crédito na zona euro constitui, como tem sido sublinhado, uma consequência negativamente discriminatória para as empresas portuguesas, na medida em que o financiamento e taxas de juro variam consoante os países em que se encontram estabelecidas", alertou o ministro. Daí que o aprofundamento do mercado único seja essencial "para a competitividade e para a consolidação do crescimento" da economia portuguesa. "Dele dependem a expansão das nossas empresas, e das nossas exportações para a União Europeia, cujo peso ainda representa 70% do seu valor total", disse. Outro "elemento decisivo" será a concretização de um "verdadeiro mercado interno da energia", reforçando as interligações e garantindo que nenhum Estado-membro permaneça, após 2015, isolado das redes europeias de gás e eletricidade e criando assim condições "para o reforço da competitividade do setor industrial europeu, condição fundamental para o crescimento sustentável, investimento e criação de emprego", somou ainda.

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